Vivemos adaptados a possuirmos muitas coisas materiais e no mundo virtual não é diferente, seguimos essa mesma tendência: acumular e acumular coisas, mesmo que seja virtualmente.
Mas você pode se perguntar qual o problema nisso? Vendo que estamos falando de um ambiente virtual. Estamos provocando danos ambientais? O consumo virtual é um codeve ser também um consumo consciente?
Seguimos a risca o Minimalismo e chegamos ao ponto de que a filosofia minimalista não exclui o consumo, apenas o consumismo, o excesso e o desnecessário. Outro ponto base está diretamente ligado ao dar significado ao que possuímos. É a pergunta básica se algo é útil, se aquilo lhe faz bem ou não.
Baixar e instalar coisas no celular constantemente é também uma forma de consumo compulsório. Ter diversas coisas no celular que tem pouco significado e importância, é ter muito guardado em um espaço virtual com pouco significância para a vida real. Ter diversos aplicativos, jogos, viver em prol da necessidade de fazer downloads de qualquer coisa pode ser tão fútil quanto sair comprando tudo que se ver pela frente.
E você pode pensar que não está causando danos ao meio ambiente, mas se pararmos para pensar que a indústria virtual gera capital e esse capital pode ser investido em qualquer tipo de negócio, podemos fazer uma ligação. Didaticamente falando, utilizar coisas virtuais como jogos, aplicativos gera um capital para alguém (pessoa física, empresa ou organização), onde esse capital pode ser investido em qualquer negócio sem nenhum compromisso social e ambiental.
Saiba que um simples aplicativo pode mover bilhões de dólares e esse dinheiro pode ser investido em qualquer coisa que podemos imaginar ou não. O whatsapp, por exemplo, custou os PIBs de 22 países juntos, ou seja, míseros US$ 16 bilhões. Digamos que 16 bilhões de dólares pode mover qualquer coisa que gere ainda mais consumo no mundo. Baixamos jogos, instalamos diversos aplicativos dos mais variados e nem temos tempo se quer para aproveitá-los. Tenha um joguinho, mas que seja o joguinho que possa lhe entretê bem naquele momento de tédio. Pois tudo que é bem escolhido e selecionado vale a pena!
Outro problema no mundo virtual é a poluição visual provocada, pois isso pode ser degradante! Aliás, se você em algum momento de uso, não conseguiu encontrar algo no próprio aparelho, saiba que isso é um sinal que essas questões estão atrapalhando!
Como sabemos o nosso cérebro é uma espécie de hardware e a mente o software, um trabalha em com a ajuda do outro e ambos se complementam. Quando sua mente (software) está sobrecarregada de coisas, o cérebro (hardware) tende a travar e influenciar todo o sistema e assim a vida do individuo. Para as coisas eletrônicas temos a mesma lógica, pois partido do ponto de organização, muita coisa faz você se perder no meio de tudo.
Mas como posso reduzir e deixar o meu celular mais minimalista?
Reduzir números de contatos:
Tenha contatos que realmente façam contatos com você ou que ao menos sejam importantes para você.
Reduzir os aplicativos:
Desinstale o que você não usa, deixe o que é importante e só instale apenas o que for usar com frequência.
Reduzir grupos e conversar do whatsapp:
Saia de grupos, exclua conversas antigas, desapegue do que já passou. O whatsapp é um aplicativo muito bom, útil e que virou ferramenta de comunicação para muitas pessoas. Aqui não estou questionando a necessidade ou não dele, mas a seleção de conteúdo nesse aplicativo.
Muitos grupos do whatsapp só servem como máquinas de compartilhamento de mentiras, mensagens e correntes poucos úteis. É praticamente, um desvio de foco do que é importante! Claro, se você é uma pessoa que adora passar o tempo lendo coisas no whatsapp, ok! Mas é bom entender que isso não é tão importante para sua vida e pouco tem a acrescentar!
Reduzir e selecionar melhor sua playlist:
Sempre digo que música é vida e não acredito em um celular sem música. Se você não gostar de música repense sobre a necessidade dos sons na sua vida..rs
Porém, guardamos muitas vezes músicas que nunca escutamos. Não importa, se o seu cartão é de 2gb ou de 64gb, a questão é ter o que é útil, é ter organização e gastar menos tempo quando precisar ouvir aquela canção que reflete o seu presente.
Passei um tempo para entender que o importante é o necessário! Basicamente é o que vai ser usado por mim na vida. Muitas coisas, tanto no mundo real, quanto no mundo virtual só nos fazem perder tempo. Reduzir ou retirar coisas que não são úteis na nossa vida, significa ganhar mais tempo para focar nas coisas que realmente importa. O celular hoje é um dispositivo que tem muito a ver com isso, mas se soubermos selecionar melhor como esse tempo é gasto, podemos ganhar mais e não viver refém desse dispositivo.
ALGO A MAIS! Para curiosidade, este post tem uma influência íntima vivenciada. Peguei duas bases fundamentais do Minimalismo e incorporei a uma saga que enfrentei e ainda estou enfrentando com o meu aparelho celular. Em breve estarei compartilhando outras experiências íntimas do minimalismo incorporado as outras questões do cotidiano. Meu celular vem sendo usado desde de 2013, pretendo aposentá-lo futuramente, pois apesar do seu estado conservado ele está ficando obsoleto e não está atendendo minhas necessidades, mas confesso que estou feliz por conseguir passar quase 5 anos com o mesmo aparelho, resistindo as atualizações e as modernizações desses dispositivos.